A vitamina D é um pró-hormônio que desempenha importantes funções no nosso organismo, dentre elas estão a participação no funcionamento do sistema imunológico e absorção do cálcio e fósforo, essenciais para a saúde óssea.
A principal fonte de vitamina D nos humanos é através da síntese endógena cutânea que é dependente da exposição solar. De forma secundária, também pode ser obtida pela alimentação, principalmente pela ingestão de peixes gordurosos, ou por suplementação.
A deficiência de vitamina D fornou-se comum devido a falta de exposição solar adequada. Outros fatores que contribuem para baixos níveis de vitamina D são:
- Idade acima de 60 anos
- maior latitude
- inverno
- maior pigmentação da pele
- presença de doenças crônicas
- hábitos alimentares
- gestação e lactação
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), o status de vitamina D em um indivíduo deve ser acessado pelo metabólito 25 hidroxivitamina D (25OH)D.
A classificação dos níveis de 25(OH)D ocorre da seguinte forma:
- Acima de 20 ng/mL é o valor desejável para a população saudável até 60 anos;
- Entre 30-60 ng/mL é o valor recomendado para grupos de risco;
- Acima de 100ng/mL existe o risco de toxicidade.
Em relação à suplementação, a forma mais disponível de vitamina D é o colecalciferol (D3) que tem se mostrado mais efetiva.
De forma simplificada, a cada 100ui de vitamina D3 suplementadas, os valores de 25(OH)D sobem de 0,7 a 1ng/mL, mas esta está estimativa linear é pouco exata.
A revisão de Amrein et. al (2020) informa que a suplementação de 1000ui de vitamina D3 pode elevar os níveis de 25(OH)D em 6-10 ng/mL ao logo de vários meses.
De maneira geral, uma dose diária de 800UI é suficiente para normalizar os níveis de 25(OH)D de adultos sem comorbidades (normalizar em 20ng/mL).
Para idosos, as doses vão de 1.000 a 2.000ui por dia ou 7.000 a 14.000ui por semana.
Para valores de 25(OH)D menores que 20ng/mL são necessárias doses maiores do que 1000ui de vitamina D3 para se atingir a meta de 30ng/mL.
Referências:
Amrein, K., Scherkl, M., Hoffmann, M. et al. Vitamin D deficiency 2.0: an update on the current status worldwide. Eur J Clin Nutr 74, 1498–1513 (2020). https://doi.org/10.1038/s41430-020-0558-y
Ferreira, CE dos Santos, S., et. al. “posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) – Intervalos de Referência da Vitamina D-25 (OH) D. Sociedade Brasileira da Patologia Clínica”. J. Bras. Patol. Med. Lab 53 (2017): 377-381.
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