Mudar a posição do ombro influencia na ativação do bíceps?

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O bíceps braquial (BB) é um músculo multiarticular que realiza ações na articulação do cotovelo, ombros e na articulação rádio-ulnar. O BB tem duas cabeças, uma longa (lateral) e uma curta (medial). As duas cabeças tem ações iguais, como supinação, flexão do cotovelo e flexão de ombro. A cabeça curta também auxilia nos movimentos de adução e adução horizontal do ombro e a cabeça longa realiza abdução em rotação externa do úmero.

Pensando na relação comprimento-tensão, alterar a posição do ombro poderia afetar a produção de força das cabeças do BB, podendo aumentar ou diminuir a produção de força. O estudo de Barakat (2019) investigou como a alteração do ângulo da articulação glenoumeral (do ombro) afetaria a carga de volume do treino, a ativação muscular, a espessura e a tensão do BB em indivíduos treinados.

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Onze sujeitos (5 homens, 6 mulheres) com média de 4,7 anos de experiência em treino realizaram duas sessões de treino diferentes, separadas por uma semana. Na condição controle (CON) os indivíduos realizaram 9 séries de flexão de cotovelo com o ombro em uma posição neutra .A condição experimental (VAR), variou o ângulo articular do ombro, realizando 3 séries em extensão (-30°), 3 séries na posição neutra (0°) e 3 séries em flexão (90°). O treino consistiu em 3 séries de 10RM de flexão do cotovelo no cabo. O intervalo de descanso entre as séries foi de 60s e a cadência foi 2:2 (2s para fase concêntrica e 2s para fase excêntrica).  A ativação muscular foi medida através da eletromiografia de superfície (EMG). A espessura muscular aguda e a eco-intensidade foram medidas via ultrassom em repous o/ pré, imediatamente após, 24h, 48h e 72h após o treinamento.

Os dados encontrados sugerem que indivíduos treinados podem manter cargas de volume em uma variedade maior de ângulos articulares dentro de uma sessão de treinamento. Outro achado é que apesar da carga de volume semelhante, a EMG geral da sessão foi diferente entre as condições. A condição VAR produziu maior ativação muscular total em comparação com a condição CON.
Trazendo isso para pratica, indivíduos treinados podem variar os exercícios buscando ângulos diferentes para uma maior ativação muscular. Porém, como este foi um estudo agudo, mais pesquisas são necessárias para examinar a efeitos crônicos de ângulos articulares variados e seus efeitos sobre adaptações induzidas pelo treinamento.

Referências:
BARAKAT C. et al. The Effects of Varying Glenohumeral Joint Angle on Acute Volume Load, Muscle Activation, Swelling, and Echo-Intensity on the Biceps Brachii in Resistance-Trained Individuals. Sports. 2019.

Wyllian Oliveira
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Wyllian Oliveira

Educador Físico Graduando em Nutrição

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